As lágrimas de Shiva

Título: As lágrimas de Shiva
Autor: César Mallorquí
Editora: Biruta (cortesia)
Páginas: 200
Edição: 1
Lançamento: 2009
Sinopse: Em certa ocasião, faz muito, muito tempo, eu vi um fantasma. Isto mesmo: um fantasma, uma aparição, um espírito; pode chamar como quiser, o caso é que o vi. O fato ocorreu no mesmo ano em que o homem chegava à Lua. Houve momentos em que tive muito medo como se estivesse vivendo numa novela de terror. Tudo começou com um mistério: o desaparecimento de um objeto muito valioso, perdido durante sete décadas. As Lágrimas de Shiva, assim se chamava o objeto extraviado. Vinganças, amores proibidos e estranhas desaparições, tudo envolvia o misterioso objeto. Havia um fantasma, afirmo, e um segredo muito antigo oculto nas sombras, mas aconteceu bem mais do que poderia imaginar.

Resenha

As lágrimas de Shiva foram derramadas há muito tempo, e desapareceram há setenta anos. O precioso objeto fora responsável por afastar duas grandes e poderosas famílias, que logo se tornaram inimigas por conta do artefato, e de seu dono. A história d’As lágrimas de Shiva havia sido esquecida, até que Javier, nosso protagonista, desenterra o mistério.

Havia um fantasma, um velho segredo oculto nas sombras. E havia muito mais. – página 11

Javier é um rapaz de 15 anos que ama ficção cientifica, e o ponto alto de suas férias de verão será ver pela TV o primeiro homem a pisar na lua. Ele estava muito animado com o acontecimento, porém seu pai havia contraído tuberculose, e por mais que o tratamento tivesse feito efeito, ainda era contagioso. Sendo assim, Javier foi mandado a contragosto para Santander, para morar junto com seus tios e suas primas.

Chegando lá, ele percebe que as férias não serão nem um pouco da forma que imaginara. A cidade não é tão grande quanto Madrid, para onde seu irmão mais velho foi, e suas únicas companhias são suas quatro primas: Rosa, Margarida, Violeta e Açucena. Javier não estava acostumado a viver numa casa grande e velha com um monte de mulheres, então foi difícil para ele se adaptar à casa.
Não tendo muita coisa para fazer, já que o lugar não tinha televisão e sempre chovia, Javier passava as tardes lendo. Seu gênero favorito era ficção cientifica, para total desgosto de Violeta, com quem ele logo passa a trocar indicações de livros, para ver quem tem o melhor gosto literário.

As coisas ficam bem estranhas quando ele vê um vulto, e sente um cheiro forte de nardos, e Javier logo descobre que não é o único na casa que pode sentir o perfume feminino no ar. Violeta também o sente, e juntos, eles começam a investigar o que estava acontecendo. As pistas os levam até Beatriz Obregón, ancestral de Violeta, e a dona d’As lágrimas de Shiva. Assim como o objeto, Beatriz havia desaparecido, e como tudo pareceu obvio demais (ambos desaparecidos no mesmo dia), logo disseram que ela havia roubado o artefato, que era e ao mesmo tempo não era seu.

“É como se a tua presença aqui tivesse dado forças para que esse fantasma se manifestasse... Beatriz quer que a gente descubra o que aconteceu.” – página 120

Ao mexer no passado e na história mal contada, Javier e Violeta vão investigando e chegando cada vez mais perto da verdade, ao mesmo tempo em que passam muito tempo juntos, e novos sentimentos começam a surgir. O livro não é um romance, e por mais que o foco principal seja o mistério envolvendo Beatriz Obregón e As lágrimas de Shiva, achei que era essencial mencionar a relação dos personagens.

No início a leitura foi um pouco arrastada, não acontecia muita coisa e os personagens não me agradaram. Mas ao longo da narrativa, quanto mais Javier cavava o passado, mais as coisas ficavam interessantes, então foi meio que impossível não continuar lendo. Achei o livro impressionante, mas como é a segunda obra de César Mallorquí que eu leio, não fiquei tãão surpresa. Confesso que gostei bem mais de A ilha de Bowen, mas As lágrimas de Shiva não perdem por muito.

Gostei do desenvolvimento da história, das características próprias dos personagens e, por mais que o gênero detetive não seja o meu favorito, a parte de investigação foi o ponto mais forte da história. Super recomendo o livro, é uma história que vale a pena ser lida, mas como disse anteriormente, A ilha de Bowen ainda é o meu favorito

Levantei a cabeça e dei uma olhada no quarto, lentamente. A princípio achei que não havia ninguém, que aquela intuição de uma presença tão perto de mim seria fruto de um sonho ruim. Foi então que eu a vi. – página 169



5 comentários

  1. Não curto muito o gênero, mas parece um bom livro, talvez eu dê uma chance pra ele ainda.
    Vivi
    Corujas de Biblioteca

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  2. Oi. Quando li o título, fiquei bastante interessada, conforme fui lendo a resenha e sabendo mais sobre o enredo, fiquei em dúvida sobre a obra, aparentemente, parece mais do mesmo, sem muitas novidades, é a primeira vez que vejo o livro, talvez possa estar enganada, espero que sim. vou pesquisar mais.

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  3. Oii, tudo bem?
    A premissa do livro não me chamou muito a atenção, porém eu gostei muito da sua resenha e talvez eu de uma chance a historia.

    www.fonte-da-leitura.blogspot.com.br

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  4. Esse não é meu gênero predileto, porém até que me interessei... Tentarei ler!

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  5. Olá!
    Poxa o livro parece ser bem legal, apesar de você falar que no começo foi arrastada, o mistério conseguiu vencer.
    Assim que puder quero ler.
    Beijinhos!
    http://eraumavezolivro.blogspot.com.br/

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