De olho no autor #46: Alana Gabriela

Alana Gabriela é autora do último livro que me deixou doida pela continuação: Efeito Dominó, resenhado ontem por mim \0/

Resenha Efeito Dominó

1. Como foi seu primeiro contato com a leitura? 
A.G.: Primeiramente Hello! Bem, acho que o meu contato com a leitura foi diferente da maioria das pessoas que tem blog, ou que é escritor e leitor. Eu não lia muito quando era criança, somente o necessário como os livros de geografia, história e ciências, restritamente os assuntos que iriam cair nas provas. Eu tinha muita dificuldade de concentração quando fazia leitura. Lembro que o primeiro livro que li tinha quarenta e oito páginas e até hoje não me lembro direito do que se trata. Eu começava a ler e rapidamente dispersava, a mente vagueava por um monte de coisa e quando dava por mim eu já estava em outro parágrafo e não fazia ideia do que o primeiro se tratava. Com o tempo o problema não foi sanado e eu comecei a detestar leitura, principalmente os paradidáticos da escola. Eu era mais de assistir desenho, filmes e séries. Mas eu sempre gostei de criar coisas e estórias; com os nove anos fiz um livro artesanalmente, baseado num filme que eu tinha assistido. Era muito ruim, rs, e eu o perdi com o passar dos anos. Na minha infância eu só lia gibis da turma da Mônica porque tinha figuras e isso me ajudava. O meu contato com a leitura, por prazer, foi bem tardio, aconteceu somente há dois anos, quando decidi escrever. Desde 2013 até agora li 160 livros. Acho que é um bom número para quem não lia nada. Como ano passado fiquei em casa sendo vagal for life porque não passei na federal, li muito e consequentemente escrevi muito também.


2. Quando você começou a escrever? 
A.G.: Como disse acima, foi há dois anos. Lembra que falei do livro artesanal? Era baseado num filme de ação com o Denzel. Como eu queria tornar a estória mais elaborada e criar mais coisas, com quinze anos eu decidi que iria reescrevê-la, visto que tinha perdido o livro. Mas fiquei de prova final em Geografia naquele ano (acreditem, eu era fraca nessa matéria) e a ideia ficou de escanteio. No meu último ano da escola o meu professor de Redação preparatória para o Enem fez um discurso belíssimo sobre escrever e a importância, então a vontade ressurgiu e eu decidi planejar uma nova estória que futuramente seria Efeito Dominó.


3. Quem inspirou os personagens? Algum ator, atriz, conhecido...
A.G.: Bem, eu não me inspirei em ninguém para criar os personagens. Eu só fui imaginando personalidades e cada um foi surgindo conforme a estória avançava.


4. Você se divertiu enquanto escrevia o livro?
A.G.: Rs. No início, quando comecei a estória e a terminei pela primeira vez, sim. Mas depois, não. Sou bem exigente comigo mesma e reescrevi Efeito Dominó quatro vezes. Ou seja, depois da segunda eu fiquei enfadada e com raiva, mas ainda assim eu continuei. 


5. Quanto tempo levou para escrever seus livros e como foi a experiência?
A.G.: Eu só comecei a ler depois que comecei a escrever. Estranho isso, né? Eu vi a necessidade da leitura para aprimorar a escrita. Bem, eu rodeio demais para responder ehehe. Demorei cinco meses para escrever Efeito Dominó. No início a estória se passaria numa ilha na Oceania. Uma colega minha disse que eu não era nacionalista e tal por causa disso, então depois de pensar e pensar, eu mudei a estória toda. Efeito Dominó a priori seria uma estória de um psicopata que matava mulheres e as levava para uma ilha (por isso que a estória se passaria em Willis, a ilha que eu disse que estava estudando) para guardar seus corpos mortos numa gruta. O livro tinha todo um teor policial, mas transformei muito para chegar ao que a estória é hoje e digo com certeza que gostei bastante das mudanças que fiz. Comecei a estudar um monte de coisa: balística, o melhor lugar no Rio para se passar a estória, armas e outras coisas que vocês descobrirão quando lerem o livro.
Foi um pouco exaustivo em alguns momentos, foi o meu primeiro livro e eu sou muito exigente comigo mesma então me cobrava a escrever pelo menos um capítulo por dia, mesmo que eu não tivesse ideia alguma para escrever e não estivesse inspirada, não deu muito certo por que era o último ano na escola, tinha Enem e eu ia ficar de prova final em quatro matérias: química, biologia, física e matemática. Só as matérias que toram o pescoço. Mas eu gostei de escrever, em determinados momentos eu ficava, tipo, what the hell!? Porque tinha gostado do que tinha escrito e das cenas de ação.


6. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ter seu livro publicado e conhecido no mercado literário brasileiro?
A.G.: Acho que essa pergunta é difícil. Não estou há muito tempo tentando publicar, um ano e pouco, mas eu encontrei dificuldades. Mas eu sou apressada, fico atordoada querendo publicar logo porque já tenho dezesseis livros escritos e muita estória acumulando. Bem, no início eu era bem ingênua e tolinha quanto a essas coisas de publicação, achava que era fácil, e eu não sabia as dificuldades que os autores brasileiros enfrentam, principalmente os estreantes. Publicar numa editora grande é muito difícil e complicado. Recebi um não de uma, me deixou chateada no início, mas não me desmotivou a escrever, até porque eu não consigo parar. Mas também recebi vários elogios de editoras menores e médias e propostas para publicar Efeito Dominó e outros. Mas tem aquela coisa toda de tirar uma parte da tiragem do livro e tal, mas na época, para mim não era viável. Não posso dizer que publicar no Brasil é melhor que antes porque não conheço essa época.


7. Para você, qual a melhor coisa em escrever? 
A.G.: Eu viajo muito nesses mundos que crio ahah. É bom demais conhecer tantos lugares, compartilhar emoções com os personagens. Gente, eu fui para Londres e é lindo!! Visitei a Idade Média. Conheci o Rio de Janeiro em 1923. Descobri como o Brasil vai ficar daqui há cem anos. Fui para Seattle... Além de que posso fazer coisas que geralmente não faço ou não devo fazer na vida real. Por exemplo, eu sempre quis correr nas florestas de Oregon, ir numa praia deserta a noite, cantar minhas músicas com um público enorme. Tudo que citei são de outros livros, então não tem spoiler de Efeito Dominó.


8. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido? Pode ser um dos seus, ou de algum colega escritor...
A.G.: Ah, essa é uma pergunta muito difícil mesmo. Vou responder dos dois. Acho que não tenho livro favorito meu porque escrevo um monte de gêneros, policial, terror, romance, contos, suspense, histórico e não dá para escolher. Não comparo gêneros. Eu digo sempre que o livro novo que escrevo é o meu preferido, porque estou com aquele universo no momento. Mas o meu livro preferido ever é Fúria Vermelha do super legal, nerd e gato Pierce Brown. *-* 


9. Se fosse um personagem, qual seria? Por quê?
A.G.: Eu seria um monte de gente. Acho que nunca me prendi a um personagem apenas e não faço ideia.


10. Além de escrever, você também lê bastante?
A.G.: Leio sim. Mas agora que estou trabalhando num novo livro e as aulas da UFS voltaram, estou lendo pouco.


11. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
A.G.: OMG. Eu fui olhar na minha estante para escolher com cuidado e decidi que Raphael Montes O Arrasador é super indicado. Ele arrasa, lacra, tudo! A escrita é ótima, as premissas, os desfechos de suas estórias são incríveis, muitas vezes imprevisíveis e eu gosto que ele aborda o lado negro do ser humano. Eu simplesmente gosto das ideias dele.


12. Poderia nos contar um pouco de “Efeito dominó”? 
A.G.: Sou péssima em fazer sinopse e descrever minhas obras, mas vamos lá. Efeito Dominó é um livro com temática policial, aborda os vários lados que uma pessoa pode ter, como também não podemos confiar nas pessoas mesmo aquelas que estão bem próximas, segredos e as consequências deles. Porque no final podemos descobrir que somos simplesmente peças num tabuleiro.


13. Tem algum trabalho futuro chegando? Poderia nos falar um pouco dele ou é segredo? Por favor, que seja a continuação de “Efeito dominó” \0/
A.G.: Well, well, well! Eu estou escrevendo um livro novo como já comentei acima, se chama: A Escolha de Mausi. Na verdade estou escrevendo três, mas estou dando mais enfoque nesse porque as ideias estão fluindo desesperadamente e eu tenho que aproveitar para pôr tudo no papel. Não é segredo, coloquei um post no meu blog com o prólogo. Eu planejei tudo de Efeito Dominó, mas ainda não comecei a desenvolver os capítulos. Minha irmã fica me cobrando e reclamando, porque ela já leu e quer logo a segunda e última parte. Geralmente faço um cronograma, eu planejo os capítulos e escrevo o que vai ter em cada um para depois desenvolver. Ou seja, eu já sei tudo que vai acontecer nesse finale!! 
E o meu primeiro livro físico, que se chama “A Estranha Mente de Seth” será lançado no dia 26/11.

*   *   *   *

10 comentários

  1. Olá!

    Parabéns pela entrevista! A Alana eu conheço do blog dela, que acompanho. Quero muito ler esse livro e espero que ela consiga publicar por uma grande editora!

    resenhaeoutrascoisas.blogspot.com

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  2. Oi....
    A Alana é uma fofa né?
    Estou com o livro Efeito Dominó para ler e não consigo tempo gente...

    Não conhecia esse lançamento dela, parece ser ótimo...

    bjs..

    Eu Pratico Livroterapia


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  3. Oi Dryh!
    Parabéns pela entrevista! Não conhecia a autora assim como a obra, mas gostei do encontrei. Fico feliz em saber que teremos mais trabalhos da autora para conferir \o/
    Bjks!
    http://www.historias-semfim.com/

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  4. Olá!!

    Não conhecia a autora nem suas obras, fiquei feliz de conhecer! Sua entrevista foi ótima, ficou completinha! Vou dar uma espiadinha nesse livro para ver se faz meu tipo! rs

    Bjus
    Blog Fundo Falso

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  5. Olá!
    Eu não conhecia a autora, mas adorei conhecer ela e as obras!
    A entrevista ficlou muito lega, ela parece ser super carismática!
    Beijos, Tabatha
    http://aproveiteolivro.blogspot.com.br/

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  6. Nunca li nada dessa autora, mas fiquei muitíssimo interessada em Efeito dominó. A Estranha Mente de Seth também me chamou a atenção. Adorei a entrevista e adorei, sobretudo, poder conhecer a autora. Sou doida por novidades literárias!

    http://leituras-compartilhadas.blogspot.com.br/

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  7. Ooi,
    Não conhecia a autora mas amei a entrevista! Realmente publicar aqui no Brasil nunca foi fácil, mas ultimamente as editoras estão buscando mais nossos talentos nacionais e finalmente abrindo espaço para novos autores. Espero que ela possa publicar em brave.
    Vitória Zavattieri
    Corujas de Biblioteca

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  8. Adorei a entrevista, achei super interessante conhecer melhor a Alana.
    Pelo nome achei que não conhecia a autora, mas lendo a entrevista vi que já tinha ouvido falar de dois de seus livros.
    Não é fácil publicar um livro e torço para que a autora consiga publicar todas as suas histórias - e se for com uma grande editora melhor ainda né?

    Beijinhos,
    Lica
    Amores e Livros

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  9. Olá. Não conhecia a autora e nem sua obra mas simplesmente amei a entrevista. A autora parece ser bem simpática e as respostas bem interessantes.
    Sucesso a autora e ao blog. E realmente são muitas dificuldades em publicar em uma editora, uma pena isso.
    Beijos!

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