Claros sinais de loucura

Titulo: Claros sinais de loucura
Autora: Karen Harrington
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Edição: 1
Lançamento: 2014
Sinopse: Você nunca conheceu ninguém como Sarah Nelson. Enquanto a maioria dos amigos adora Harry Potter, ela passa o tempo escrevendo cartas para Atticus Finch, o advogado de O sol é para todos. Coleciona palavras-problema em um diário, tem uma planta como melhor amiga e vive tentando achar em si mesma sinais de que está ficando louca. Não é à toa: a mãe tentou afogá-la e ao irmão quando eles tinham apenas dois anos, e desde então mora em uma instituição psiquiátrica. O pai, professor, tornou-se alcoólatra.
Fugindo da notoriedade do crime, ele e Sarah já se mudaram de diversas cidades, e a menina jamais se sentiu em casa em nenhuma delas. Com a chegada do verão em que completa doze anos, ela está cada vez mais apreensiva. Sente falta de um pai mais presente e das experiências que não viveu com a mãe, já se acha grande demais para passar as férias na casa dos avós, está preocupada com a árvore genealógica que fará na escola e ansiosa pelo primeiro beijo de língua que ainda não aconteceu. Mas a vida não pode ser só de preocupações, e, entre uma descoberta e outra, Sarah vai perceber que seu verão tem tudo para ser muito mais. Bem como seu futuro.


Resenha

Sarah é uma menina de onze anos que gosta de decorar palavras do dicionário e de cuidar de Planta, sua melhor amiga. Ela não tem muitas expectativas para as férias de verão, com certeza será obrigada a ficar na casa de seus avós, assim como em todos os outros anos. Quando tinha dois anos, ela e seu irmão gêmeo, Simon, foram afogados na pia da cozinha pela mãe deles, que acabou sendo internada numa clinica psiquiátrica. Sarah escapou com vida e alguns traumas, Simon não.

É estranho pensar como algumas pessoas sabem mais sobre a minha mãe do que eu. É tão injusto. – página 60

A história ficou famosa na mídia, e tanto Sarah quanto seu pai foram perseguidos por emissoras de TV e coisas do tipo, e sempre que isso acontecia, eles eram obrigados a se mudar. Agora eles se estabilizaram numa cidadezinha, e Sarah não poderia se sentir mais triste e solitária. Ela sente falta de seu pai, que agora se tornou um alcoólatra, e de uma mãe que ela nunca teve.

Amor pode ser uma palavra-problema para algumas pessoas. Loucura também. – página 11

Sarah quer que, pela primeira vez, seu verão seja emocionante, e para que isso aconteça, ela não pode estar comprando vestidos de menininha ou costurando com sua avó. Ela quer ficar em casa, mas seu pai não pode olhá-la o dia todo, sendo assim, Sarah passa os dias com sua vizinha Charlotte, uma moça de vinte e poucos anos que acaba se tornando seu modelo a ser seguido. Juntas, elas pintam as unhas, compram maquiagem e vêem revistas, este é um ponto positivo de suas férias.

Outro ponto positivo é Finn, irmão mais novo de Charlotte, porém velho demais para Sarah. Não que ela se importe com isso, afinal, sempre que o vê, borboletas parecem dar cambalhotas dentro de seu estômago. Eles são amigos, ambos gostam de ler e de dicionários, mas Sarah torce para que seu primeiro beijo (e segundo objetivo mais importante das férias) seja com ele.

O primeiro objetivo é descobrir mais sobre sua mãe, e quem sabe, sobre tudo o que aconteceu naquele dia. O que Sarah sabe é o que a televisão mostrou, e o que todo mundo comentou, nada mais. Ela não tem coragem de perguntar nada a seu pai, que vez ou outra desmaia no sofá de tanto beber. Todos os anos, Sarah recebe dois cartões de sua mãe, um no Natal e outro no seu aniversário, e por mais que fique feliz por sua mãe ainda se lembrar dela, não pode deixar de se sentir triste por Simon.

Além do beijo e de suas investigações, Sarah também está preocupada com um trabalho que terá de fazer no seu próximo ano na escola, uma árvore genealógica. Ela não pode simplesmente espalhar para seus colegas de classe que sua mãe tentou matá-la, que matou seu irmão, e que seu pai bebe até cair, mas como escapar disso?

Sarah é uma menina inteligente demais para sua idade, ela mal tem doze anos e já sabe palavras difíceis e cuida de seu pai. Como ela mesma disse, ás vezes precisava ser o adulto da casa. Uma menina curiosa que conversa com uma planta e escreve em dois diários, o verdadeiro e o falso. No verdadeiro, ela fala sobre sua vida e os sentimentos que a deixam abalada, e no falso, sobre coisas que os terapeutas gostariam de ler, como por exemplo, novas amizades e felicidade.
Sarah acredita que herdará a loucura de sua mãe, e vez ou outra fica pensando seriamente nisso, tentando encontrar sinais de que já perdeu a sanidade.

Também sou um livro não lido. Estou esperando para saber o que acontecerá comigo. – página 86

Este é um daqueles livros pequenos que acabam antes que você possa perceber. A escrita da autora é leve e faz com que o leitor queira mais, os personagens são muito bem construídos, e Sarah encantadora. Senti afeição por ela já no inicio, e ficava torcendo para que ela ao menos, conseguisse a atenção de seu pai, já que a da mãe era uma coisa impossível. Gostei muito desse livro, mas não me pegou de jeito, sabe? Não me deixou com o coração apertado nem lágrimas nos olhos. É uma história muito bonita e triste, e traz algumas lições de vida que poderão mexer com você mais do que mexeram comigo.

Só tenho doze anos há uns dez minutos, mas de uma coisa eu sei: sou diferente do restante da família, e isso deixa todos nervosos. Talvez eles também estejam à espera dos sinais de loucura. – página 70

13 comentários

  1. Olá, tudo bem?
    Apesar de triste, a história parece ser bem bonita e até parece passar algo bom ao leitor, mas não consigo ter AQUELA vontade de ler, a leitura não consegue chamar totalmente minha atenção.
    Super beijos <3
    http://livros-cores.blogspot.com.br/

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  2. Parece ser o tipo de livro que eu gosto.
    Gostei da forma e a sinceridade em sua resenha. Os quotes são ótimos também =)
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  3. Eu conheci esse livro em uma resenha em um blog e sinceramente gostei :)
    Beeeeeeeijos!

    http://cataventodoce.blogspot.com/

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  4. Vejo muitas resenhas falando o mesmo, ainda não sei se leio ou não,
    http://contodeumlivro.blogspot.com.br/

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  5. Oi, Dryh!
    Gosto de livros que trazem lições de vida e que são capazes de emocionar. Que pena que ele não te pegou de jeito. Particularmente ele não me chamou taaaaanto a atenção, mas caso eu tenha a oportunidade, irei ler sim! :)

    Beijos, Fer.
    http://viciosemtres.blogspot.com.br/

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  6. Oie,
    nossa eu não conhecia o livro, mas gostei.
    Dica anotada!

    bjos

    http://blog.vanessasueroz.com.br

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  7. A protagonista parece ser uma verdadeira guerreira da vida e eu gosto de personagens assim, então, certamente, iria gostar do livro.

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de novembro

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  8. Ei Dryh!

    Já vi uma resenha deste livro antes e me encantei pela história, já tinha colocado na minha listinha p comprar e sua resenha só reforçou!
    Eu gosto de histórias assim!
    Bjos!!

    www.leituravipblog.com

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  9. Ao ler a tua resenha pensei exatamente como tu, que diz que a leitura é envolta em drama mas nos faz pensar depois de tudo. É como alguns livros que recentemente, que é bom, leve de certa forma, mas com uma história encantadora.

    http://mundo-restrito.blogspot.com.br

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  10. Amei demais essa leitura e me apeguei muito à Sarah! Ela se tornou minha personagem infantil favorita pois além de ser super corajosa e inteligente ela é única e muito, muito encantadora. Tive muita raiva do pai dela! Em vários momentos desejei entrar no livro e dizer poucas e boas a ele, pra ver se ele começaria a prestar atenção na filha. A história da Sarah é muito triste mas o livro é tão leve e bem-humorado que não tem como cair na bad :)
    Adorei sua resenha.
    Beijos
    http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/

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  11. Já tinha visto esse livro por aí e a capa logo me chamou atenção, gostei de saber mais sobre ele. Ótima a resenha.
    http://diario-noturno.blogspot.com.br/

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  12. Eu já vi tanta gente falando bem desse livro que perdi as contas. Parece ser uma história muito boa, estou bem curiosa. Essa capa é linda, uma graça! Beijos!

    frases-perdidas.blogspot.com.br

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  13. Oie! Não conhecia esse livro, mas não é o tipo de livro que eu leria!
    Bjs, comenta por favor nessa resenha ajudaria muito:
    http://resenhasteen.blogspot.com.br/2014/11/codex-popul-vuh.html

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Oiê! Muito obrigada por passar por aqui, deixe um recadinho com o link do seu blog e a gente dá uma passadinha lá mais tarde :)

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